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terça-feira, 29 de novembro de 2011

O pós-morte de "Che"

Às vésperas de se completarem quatro décadas da morte de Ernesto "Che" Guevara, Cuba pôs fim nesta quinta-feira (4) à polêmica gerada sobre a autenticidade dos seus restos mortais, que estão sepultados na ilha, ao anunciar que realizou testes de DNA nos ossos encontrados em Vallegrande (Bolívia) para eliminar qualquer sombra de dúvida.


Foto: AFP 
O corpo do revolucionário Ernesto Che Guevara é exposto um dia após sua execução, em outubro de 1967 (Foto: AFP)
Jorge González Pérez, o especialista cubano que liderou a busca pelo corpo do guerrilheiro na Bolívia, disse que havia provas suficientes para garantir que os restos encontrados na vala de Vallegrande eram de Che.

No entanto, mesmo assim foram feitos testes de DNA em Cuba para validar o método de busca, informou o jornal "Juventud Rebelde".

Che Guevara lutou ao lado de Fidel Castro na guerrilha cubana e ocupou altos cargos no governo revolucionário, mas decidiu deixar a ilha em 1965 para iniciar a "revolução continental" na Bolívia, onde foi preso pelo Exército e morto em 9 de outubro de 1967 por ordem da CIA (agência de inteligência americana).


  O corpo dele foi mutilado e enterrado em um local mantido em segredo. Até que, em novembro de 1995, o ex-general Mario Vargas Salinas revelou que os restos mortais do revolucionário estavam em uma vala comum escavada em Vallegrande.

González Pérez, atualmente reitor do Instituto Superior de Ciências Médicas de Havana, lembrou que a busca pelo corpo de Che começou em 1995 seguindo um "guia de passos" feito pela equipe encarregada de sua localização.

No final de junho de 1997, os restos de Che e de outros sete companheiros da guerrilha foram encontrados em uma cova escavada ao lado da antiga pista de pouso de Vallegrande.

Segundo o especialista cubano, foram colhidas 88 versões do enterro, dizendo desde que ele tinha sido enterrado na cidade boliviana até que seu corpo havia sido cremado e suas cinzas espalhadas na floresta.


González Pérez lembrou que a identificação dos restos do guerrilheiro foi feita "com facilidade", graças à informação prévia com a qual a equipe contava.

Os dados sobre o corpo de Che, uma radiografia tirada em 1954 que permitia conhecer as particularidades de seu crânio, os detalhes da autópsia e sua arcada dentária trouxeram "um grau de identificação absoluta".

Com estes elementos, não foi considerado necessário fazer testes de DNA na Bolívia, mas eles foram feitos em Cuba "para validar o método de busca", disse o especialista, que participou na quarta-feira de um ato em homenagem a Che em Ciego de Ávila (centro de Cuba).

Os restos mortais dele foram enviados a Havana e sepultados no Mausoléu construído na cidade de Santa Clara em outubro de 1997, coincidindo com o 30º aniversário de sua morte.

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